quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Quem ou o que Somos Nós ?

Quando se propõe a escrever alguma coisa, acredito  que estou a usar uma das ferramentas da comunicação para externar aquilo que dentro de mim já é suficientemente grande o bastante e precisa de um local apropriado.
O fato é que em minhas anônimas (talvez não mais) reflexões sobre o mundo e a humanidade,  as análises sobre o ser e o humano, o tudo e o nada, o certo e o errado me fazem sempre retornar ao mesmo ponto. Estou sempre me fazendo perguntas  e nem sempre ou melhor, quase nunca encontro respostas ou as que encontro não me satisfazem.
Nestes últimos tempos venho duramente questionando e procurando elementos que definam ou elucidem ou expliquem, ou seja, lá o que for melhor as perguntas: Quem ou que somos nós? Qual o nosso propósito? Temos um propósito?
A meu ver, somos uma mega colônia de indivíduos pluricelulares cada um com seu motor e suas características únicas em se tratando de aspectos físicos. Obstante ao físico e ao palpável, ao visível a olho nu, o que realmente somos em matéria de energia?  De sentimento? Não consigo uma boa definição para isto.
Nossas individualidades físicas parecem ser minoria diante de uma pluralidade de sentimentos, de interesses, de sensações que transcendem ao nosso rasteiro entendimento. Somos uma colônia descentralizada devido a nossa ocupação desastrosa do planeta. Já imaginaram se a Europa fosse onde hoje é a América do Sul? Ou os Estados Unidos fossem no coração da África? Se a China não tivesse milênios de existência, e se o Brasil não fosse onde é?
Como  formamos nossos conceitos e nossas opiniões é um fator de muito pensar. Somo em nossa grosseira essência pautados por interesses individuais que sobrepõe uns aos outros, em uma escala definida por algumas das criações mais cancerígenas do homem como, por exemplo: o dinheiro e o poder, a arma e por ai afora.
É um céu em que não há limite. Na ponta deste processo todo está algum que tem o maior interesse em deixar esta cascata de interesses e pensamentos descer ladeira abaixo como uma cachoeira, onde cada vez mais longe do topo, maior e mais forte é a massa d’água que vem sobre a cabeça daqueles que ousam pensar um pouco.
Desde que o mundo é o mundo  existem palavras e expressões para mostrar que a criação do homem para o homem é letal. Por Exemplo;   “é agora ou nunca”, direita ou esquerda, bem ou mal, tudo ou nada..... Sempre este joguete estimulado pelos interesses individuais, ou por algo ainda maior? Sempre a escolha, sempre uma única escolha... Ou é isso ou é aquilo.
As coisas já vêm prontas, definidas. Donos do nosso destino? Incertos sobre nosso futuro? O fato é que não se pode aceitar as imposições da existência pura e simplesmente por aceitar. A meu ver o mal sempre é mais fácil de praticar do que o bem. Mas por quê? Onde está o equilíbrio? Onde? Porque o negativo já sai levando vantagem? Porque em um momento de dor se escuta muito mais coisas para estraçalhar a já baixa auto estima do que levanta-la?
Vejo coisas e sofro coisas que me deixam perplexo. Parece que algumas pessoas querem ter sempre o que lhe dizer, por isso sempre buscam ficar em posições que lhes deixam aparentemente superiores. Acho que este comportamento é apenas um motivo para  se ter o que falar do outro. Olha quanta gente tem solução para os seus problemas. Soluções mil... Agora, soluções para os próprios problemas, ninguém tem. Por quê?
Do que realmente somos feitos? Para que somos feitos viver uma vida, habitar, extrair, multiplicar, explorar, julgar, trair, amar, usar, achar, sofrer, sorrir, e... morrer?
Não acho justo, desconhecer o porquê da vida e das suas vicissitudes, bem como se realmente poderíamos ter sido melhor ou pior. Imaginem se  descobrindo depois de mortos? Ou no dia do juízo final apregoado por alguns. Não teríamos mais tempo para nada? Vá que neste dia, se descobre que  se tivesse sorrido mais uma única vez, você deixará de ir para o inferno e por isso não arderá na mármore sagrado, ao invés disso por causa deste sorriso viverá lindo e saltitante nas planícies celestiais.
Pois é! Tirando os factoides do mármore e das planícies  eu sempre me pensando: Será que meu propósito foi cumprido, ou foi por demais comprido para mim e minhas limitações.
Sinto-me às vezes como no filme  “Eu Robô”, o filme, onde  sou considerado um erro, simplesmente por estranhar o sistema pré-pronto e propago e me sentir incomodado por serem quase nulas as chances disso tudo mudar.
Pensemos...

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